sexta-feira, 17 de maio de 2013

Assembleia entra na luta para mudar Ferrovia Oeste-Leste

Publicação site da Codeba em14/05.
A Assembleia Legislativa da Bahia vai entrar na luta pela mudança do traçado previsto para a Ferrovia de Integração Oeste-Leste (FIOL). A decisão foi tomada nesta quarta-feira, em audiência na Comissão Especial do Porto Sul, após a exposição do presidente da Companhia das Docas da Bahia (Codeba), José Muniz Rebouças, chamando a atenção dos deputados para o fato de que o atual traçado inviabiliza os portos baianos.

"O atual traçado cria uma alternativa de exportação através do Norte do país, retirando a competitividade dos portos baianos receberem   cargas do centro-oeste do país e a possibilidade de perder parte das cargas que hoje já vêm para os nossos portos", explicou o presidente da Codeba.

A audiência foi convocada para discussão do Porto de Ilhéus, em função do projeto do Porto Sul, no mesmo município, mas a questão do traçado da FIOL acabou ocupando o centro das discussões. José Rebouças colocou para os deputados as mesmas preocupações que o vice-governador e secretário de Infraestrutura do Estado, Otto Alencar, vem formalizando publicamente, inclusive por meio de artigo publicado na imprensa, de que a integração entre a FIOL e a Norte-Sul não pode acontecer em Figueirópolis, no Tocantins, e sim em Campinorte, em Goiás.

"São 300 quilômetros a menos, o que cria para os portos baianos a possibilidade de competir pela safra de grãos que vem do centro-oeste do país", ressaltou Rebouças. O presidente da Codeba anunciou a publicação ainda durante esta semana do edital para a contratação das obras de drenagem do Porto de Ilhéus, que vai voltar à sua profundidade de 10 metros, facilitando a operação das embarcações. Fez também uma análise do aumento da movimentação de carga no Porto, que, nos últimos anos, passou das 40 mil toneladas de carga, para 500 mil toneladas de produtos diversificados.

Ele explicou que a construção do futuro Porto Sul, ao contrário do que argumentaram setores da região, vai complementar o atual e não prejudicá-lo, já que os dois terminais vão operar com cargas diferentes. Reafirmou também a existência de uma negociação com a Bahia Mineração (Bamim), parceira do Governo do Estado na construção do Porto Sul, para a utilização de uma das áreas do Porto de Ilhéus para a logística da obra.

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